::Toque Solto::
Não consigo mais imaginar a vida deserta de teus dedos
Que abordam, palpitam, entoam, dançam
Teus pequenos dedos valsando
Manhãs e noites de música e tatos
Que foi de mim quando em teus braços?
Que fome é essa inabalável?
Beiro o abismo quando em ti
O abandono faz-me líquida
Contorno horas de ausência
Omitindo sonhos na vontade pura
Da lama crua, das ondas púrpuras
Ora leve e preciso, ora só crepúsculo.
Palavras têm forma, dançam em minhas mãos
Como é mesmo teu nome doce?
Como esqueço teu toque solto,
Se permaneço preenchida do vazio que deixaste?