domingo, outubro 28, 2007

34.

Vermelho escapa pelos poros ouço um tom abaixo da maioria sinto um grau acima e desconverso do abalo pro seu lado porque é mais fácil sintonizar quando estou frágil. Converso e gracejo mas duvido da tua culpa e comemoro as passagens longas do meu romance. Acredito no invencível descaso do teu passo, na ausência sublime da tua sede, na proximidade da ânsia. Sorrio acaso a morte chega e o amor acaba e o frio esquece meu desejo. Somos duradouros, perseguimos a força, igualamos os sonhos, mas eles são tão díspares, não convencemos. Sacrificada mudo o tom, assumo o risco, mostro-me doce e sincera já não importando seus sumiços. Enquadro-me no denso e profundo histórico das moças que escrevem e desescrevem seu caminho.

Sorrio. Tenho fome de ser melhor, tenho cores para ser diferente. Um som termina tudo.

Um comentário:

  1. Você é música, menina. Uma escala do mais grave ao estridentemente agudo em todas as notas de vermelho bemol sustenido walking bass suspiros de gaita diatônica entre poemas recitados sussurrados oh yeah sooo sexy, cantando fumaça entre estrelas o sorrisinho levado entre duas bochechas rosadas silenciando óbvios e obtusos com um assobio e duas piscadelas, olhinhos brilhando mais quentes que a brasa do cigarrinho sweet entre lábios sweet e seus olhos sua voz com tom de passinhos de gato em você é meu mais rouge blues.

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