sexta-feira, junho 01, 2007

27.

:: Da tua Clódia::

Quando você olhar para mim,
Cuide do que vai dizer.
Sou uma menina cruel
Exilo corações em meus dedos
E sou do outro muito pouco,
Porque me perco em um.
Mas sempre é possível
Arrancar de mim um sorriso
Entre nuvens, entre odores,
Entre aspas de insônia corriqueira.
Peço que não desejes mais,
Pois adivinho inconstância.
Mas penso em ti às vezes
E então sou toda tua,
Mesmo que pelo avesso.

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Esse ia ser dedicado a alguém, mas, pé no chão, esse texto vale para muitos. Então fica assim, dedico a todos os catulos soltos no mundo. E quem iria recebê-lo, que por ler já se reconheceu interlocutor, sinta-se ofertado.

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